Como estudar filosofia para obter soft skills

Por 18 de março de 2022Filosofia, Negócios

Todo profissional preocupado com a sua carreira busca sempre estar atualizado e ampliar as suas capacidades intelectuais e, consequentemente, a sua competência e produtividade. Um profissional capacitado para além do básico é uma pessoa de destaque que garante melhores possibilidades de carreira e de existência no futuro. Suponhamos que um profissional exemplar, um tipo de pessoa aventureira e descobridora, busque desenvolver soft skills para conseguir alavancar sua atividade. Como ela poderia fazê-lo de maneira a se destacar dos demais? A filosofia é um excelente caminho. Vamos ver por quê.

Abrindo uma matéria que sistematiza algumas das habilidades mais desejadas pelo mercado, como comunicação eficaz, pensamento criativo, resiliência, empatia, liderança e ética, nosso intrépido profissional — que vamos nomeá-lo “Sócrates” — pode encontrar na filosofia lições valiosas e repertório inovador em relação às maneiras mais banais de se buscar esse tipo de conhecimento. A filosofia será um grande diferencial e ainda vai garantir que essas habilidades sejam aprendidas de maneira bastante eficaz, com altos níveis de retenção.

Se ele buscar a ajuda do Espaço Ética, a primeira aula envolverá o estudo do diálogo com textos icônicos de Platão, nos quais Sócrates, seu xará, conduzirá a produção de conhecimento a partir do diálogo, evocando sempre a comunicação mais assertiva e eficaz em relação aos conceitos mais importantes para viver uma vida bem vivida. O método socrático consiste justamente em extrair, a partir do diálogo, o conhecimento que, segundo ele, nós já possuímos. Quem é capaz de aplicar o método socrático no dia a dia é capaz de transformar situações que antes seriam inócuas em grandes momentos de produção de conhecimento e ideias, e isso diante de qualquer um.

Depois, para continuar se aperfeiçoando em comunicação eficiente, teria aulas de retórica, a disciplina do discurso, dominada pelos grandes mestres da fala ao longo da história da humanidade, tais como o famoso orador Górgias, ou o imperador romano Marco Aurélio, Martin Luther King ou, ainda, Gandhi.

Aprender retórica ajuda não só a falar bem, mas a saber interpretar o que os outros estão dizendo para muito além do que aquilo que simplesmente dizem. Quem sabe reconhecer as construções retóricas sabe negociar muito melhor, por exemplo, por ser capaz de reconhecer que tipo de artifício está sendo usado pelo seu interlocutor.

Nosso intrépido aluno passaria então a estudar o pensamento criativo. Para tanto, começaria com um aprendizado do que é criatividade com base no pensamento de um dos maiores humoristas do mundo: John Cleese. Depois disso, poderia aprender algumas técnicas de criatividade utilizadas pelos nossos professores para produzir os seus livros.

A resiliência, talvez, seja a habilidade mais fácil de se obter estudando filosofia. Textos que exigem de nós tudo e mais um pouco são abundantes. Tudo isso com a vantagem de que, após todo o doloroso processo de leitura e interpretação, não só a resiliência estará fortalecida, mas os maiores segredos da filosofia estarão revelados, pois são aquele tipo de conhecimento que, de tão difícil acesso, acaba sendo de poucos.

Os conceitos de empatia e liderança estão disseminados por uma infinidade de textos filosóficos, que os trabalham desde uma perspectiva de definição —fundamental no caso da empatia — até a sua fixação mais robusta. Por exemplo, para entender o que é empatia, é preciso entender a relação entre eu e o outro, a própria definição de alegria e imaginação da alegria do outro, o conceito de benevolência, que significa, literalmente, desejar o bem.

A liderança é trabalhada na filosofia política desde a Grécia antiga, passando por Maquiavel e tantos outros pensadores do Renascimento, até chegar aos filósofos contemporâneos, que podem ir muito além do que ensinam os livros de aeroporto escritos por coaches, levemente mais preocupados em reproduzir aquilo que se entende de valor do que efetivamente em provocar uma reflexão profunda e duradoura em seus leitores.

Por fim, nosso aluno Sócrates deverá aprender ética. E, aqui, se ele quiser, pode passar uma vida inteira aprendendo conosco. Somos a casa de um dos maiores explicadores de ética do Brasil. Comentamos ética como uma mesa-redonda comenta os jogos da rodada do Brasileirão: com entusiasmo, conhecimento de causa, conhecimento histórico, muita irreverência — e, por que não, uma eventual discussão mais acalorada.

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Gustavo Dainezi – Escritor, mestre em Comunicação e Práticas de Consumo pela ESPM, comunicador pela ECA/USP. Atua em ética em pesquisa, ética corporativa e divulgação científica.